sábado, 29 de novembro de 2014

Episódio 14: Reaper

Sara está morta. Mas não morta no estilo em que Zoe está. Ela está definitivamente morta. Meu coração dispara de nervosismo. Morte está ganhando esta luta e eu não posso deixar que isso aconteça.
— Eu vou atrás do Morte. – Digo.
— Enlouqueceu?! Você vai ser dilacerado! – Responde Luna, brava.
— Eu sei, mas esta rebelião não vai acabar enquanto eu não destruir aquele demônio.
— Chase, por favor, não faz isso.
— Sinto muito Chloe.
Dou um beijo em sua testa e saio da sala sem olhar para trás. Uma flecha atinge meu ombro e eu caio no chão, devido ao choque.
— Eu aprendi umas coisinhas por aqui. – Diz Chloe.

[...]

O funeral de Sara foi longo de bonito. Todos os magos do castelo se reuniram aqui, assim como as outras criaturas sobrenaturais. Todos os magos estão com seus cajados içados ao ar soltando flashes de luz e conjurando uma aurora boreal. Saímos do cemitério e vamos até um depósito onde Luna me disse que guardou o carro.
— Vamos! – Fala Ed, apressado.
Chegamos ao depósito. Está repleto de armas, armaduras, livros de feitiço antigos, bolas de cristal, esqueletos, entre outros. No centro do depósito, encontra-se um carro – mas não àquela van -, um carro preto como a escuridão e, segundo Luna, ele foi enfeitiçado para camuflar-se durante uma fuga.
— Para onde nós vamos? – Zoe pergunta.
— Se o cabeção aí – Luna aponta para mim – quer matar o Morte, nós iremos com ele. Mas antes, temos que quebrar a maldição do Ed.
— Que maldição? – Pergunto.
— Minha família-lobo me abandonou no seu mundo, e aí meu lado lobo ficou preso. É preciso quebrar uma maldição para que eu possa me transformar. – Ed responde.
— E como você quebra esta maldição? – Chloe pergunta.
— Para Zoe virar vampira, ela teve que se alimentar de várias e várias pessoas não foi?
— Sim – Respondo.
— Pois para que eu ative meu lado lobo, eu preciso arrancar fora a cabeça de um sobrenatural.
Zoe, Chloe e eu ficamos um pouco assustados.
— Relaxem, fantasmas existem por não conseguir encontrar a paz. Sair desta dimensão é o desejo deles. E existe uma cidade para isso. Hora de vocês conhecerem Undeadwood.

[...]

Chegamos à cidade fantasma de Undeadwood. Não digo isso por ser uma cidade abandonada, e sim por ser uma cidade cheia de fantasmas – Luna e Chloe saem do carro primeiro, depois eu saio com Zoe e Ed vai procurar um lugar para estacionar. Há um barzinho à nossa frente chamado MurderDrink, entramos e em pouco tempo somos atendidos por uma garçonete.
— Já vi à três por aqui, mas à quatro é a primeira vez... – A garçonete alfineta.
— Somos em cinco – Zoe retruca.
— Já decidiram o que vão pedir?
— Eu quero um refrigerante. – Diz Chloe
— Eu quero um energético. – Eu digo.
— Eu acho que vou querer uma vodka – Zoe responde, e nós encaramos para ela – que foi? Eu estou morta, vão fazer o quê? Ligar para a minha mãe?
A garçonete parece não ter entendido o pedido.
— Desculpa, eles são de outra dimensão. Nós vamos querer cinco flashes azuis fervidos em fogo de dragão da Escócia, por favor. – A garçonete vai embora e Chloe me dá um soco no ombro por ter olhado para ela.
— Pessoal, onde está o Ed? – Zoe pergunta.
O corpo de Ed é arremessado dentro do bar, quebrando uma das paredes. Ed está diferente, seus olhos estão amarelos e seus dentes afiados estão à mostra. Morte pega uma faca numa das mesas e atira em Ed enquanto seus capangas entram e começam a matar todos os clientes do bar. Luna, Chloe, e eu sacamos nossas armas – um cajado, um arco e uma foice – e Zoe ativa seus sentidos de vampira. Começamos a lutar com seis capangas de Morte que vieram em nossa direção. A garçonete volta e Ed coloca sua mão no pescoço dela e arranca a sua cabeça, espirrando sangue por todos os lados.
— A maldição foi quebrada. – Morte fala com um sorriso irônico no rosto – vamos lobinho, você tem uma boa luta pela frente.
Ed sai pela porta da frente – parece que sofreu uma lavagem cerebral ou coisa parecida – Os clientes do bar estão jogados no chão, mortos e nós quatro somos detidos. Morte demonstra satisfação com a cena.
— É bom que saibam. Ninguém vence o Morte.
Assim que ele sai, os capangas dele roubam nossas armas e Silas dá um soco no meu rosto. Ele atira uma faca em Chloe e põe ela nas suas costas, sangrando muito. Os outros capangas vão embora e nós três ficamos amarrados no bar como os únicos sobreviventes.

— Isso não é nada bom – Diz Luna, com preocupação.

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