quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Jovens: Episódio 13


[Narrado por Paula]
“Superar algo significa vencer as adversidades e não se deixar abalar por coisas que atrapalham você a chegar ao seu objetivo. Algumas vezes a vida pode te atingir na cabeça com um tijolo, mas não perca a fé.”

CENA 1
Lucas continuou com o braço estendido esperando alguma reação de Álvaro.

Lucas: Pensei que tudo ficaria bem.
Álvaro aperta a mão de Lucas, que abraça ele.
Lucas: Seja bem vindo, amigo. Saiba que todos nós torcemos por você.
Álvaro: Obrigado. E... Com relação ao acontecido, deixemos assim. Convenci os meus pais a não te denunciar. Fui imprudente e não é justo que você seja apontado por isso. Cometemos erros e temos que arcar com o preço que nos é cobrado.
Lucas: Você vai sair dessa. Ainda vamos jogar muita bola juntos.
Álvaro: Pode ser! Enquanto isso não acontece... Eu fico na torcida.
Álvaro dá um sorriso e segue em direção à entrada do colégio, sendo abordado pelos alunos que lhe davam as boas vindas, enquanto Lucas o observava.

CENA 2
Na sala de Rômulo, ele e Inaiá estavam assistindo ao vídeo das câmeras de segurança do colégio, onde foram captadas imagens do pixadores.

Rômulo: Que droga. Infelizmente as imagens não são claras o suficiente para apontar quem são esses pixadores.
Inaiá: Acho que é melhor reforçar mais a segurança do prédio.
Rômulo: Talvez. Mas, enquanto isso talvez fosse melhor esperar mais um pouco. Estou certo de que mais cedo ou mais tarde esses arruaceiros vão cometer um deslize.
Inaiá: Se o senhor está dizendo. Agora tem outra coisa que o senhor deveria saber.
Rômulo olha para Inaiá.
Inaiá: É sobre o professor Sérgio. Ele faltou novamente.
Rômulo passa as mãos no rosto e suspira.

CENA 3
No apartamento de Sérgio, tudo estava bagunçado. Garrafas de bebidas jogadas pelo chão, almofadas atiradas e restos de comida sobre os móveis. O telefone começa a tocar. Sérgio estava deitado no sofá com o olhar vidrado para o teto. Do outro lado da linha, Inaiá aguardava até que Sérgio atendesse, no entanto ele não atendia.

CENA 4
Na casa dos Villanes, o telefone toca. A emprega atende e imediatamente passa para Bernardo, que estava sentado lendo o jornal.

Bernardo: Alô. Quem está falando?
Do outro lado da linha estava o Dr. Gilliardo.
Gilliardo: Bom dia, senhor Bernardo. Aqui quem fala é o doutor Gilliardo.
Bernardo: Doutor? Mas que surpresa. Em que posso lhe ajudar?
Gilliardo: Na verdade estou ligando apenas para informar que os resultados dos seus exames já ficaram prontos.
Bernardo: Certo. E o que eles dizem?
Gilliardo: Prefiro conversar pessoalmente. Tem como o senhor passar aqui hoje?
Bernardo: Posso ver se consigo. Qualquer coisa deixo para amanhã.
Gilliardo: Desculpa minha insistência, senhor Bernardo, mas o quanto antes o senhor vir melhor será.
Bernardo presente pelo tom da voz do Dr. Gilliardo que algo está errado e fica intrigado.

CENA 5
Inaiá caminha pelo corredor do colégio fiscalizando se os alunos estavam nas salas. De repente ela esbarra em uma moça. Era Sabrina, contratada como uma das zeladoras.

Inaiá: Menina, não está me vendo passar?
Sabrina: Me desculpe, não percebi que tinha gente.
Inaiá: Acredito. Deveria ter mais cuidado. Aliás, nunca te vi por aqui antes.
Sabrina: Sou nova. Estou começando hoje. Sou a Sabrina.
Sabrina estende a mão para Inaiá, que fica apenas olhando para ela. Sabrina fica sem graça e abaixa o braço.
Inaiá: Muito bem. Trate de fazer muito bem os seus serviços. Estou de olho em tudo.
Inaiá sai e Sabrina volta ao trabalho.

CENA 6
Marta estava se preparando para começar a vender. Luis se aproxima dela.

Luís: Bom dia, meu docinho.
Marta: Bom dia, Luís.
Luís percebe o sorriso forçado de Marta e fica curioso.
Luís: Nossa. O que aconteceu?
Marta: Como assim? Não aconteceu nada. Está tudo bem comigo.
Luís: Eu posso não te conhecer a muito tempo, mas percebo quando uma pessoa está tentando esconder algo. Pode contar pra mim. Você sabe que pode confiar em mim.
Marta: Me desculpa, Luís. É que talvez seja uma coisa só minha, sabe? Não quero te envolver em problemas...
Luís coloca o dedo próximo aos lábios de Marta.
Luís: Nada disso. Seus problemas são os meus. E não precisa nem me dizer nada. Com certeza isso tem haver com o Brandão, não é?
Marta respira fundo.
Marta: Sim! Tem haver com o Brandão. Ele esteve em minha casa antes de eu vir para cá. Ele quer que eu me afaste de você.
Luís: Canalha! Não acredito que esse miserável te ameaçou. Se eu colocar as mãos nele eu...
Marta: Não! Por favor, não faça nada. Não podemos entrar no jogo dele. O Brandão é muito esperto. Não se preocupe, ele não vai nos importunar. Logo ele vai aceitar e poderemos viver tranquilos.
Luís: Talvez. Mas, para o bem dele eu espero que você esteja certa. Se ele insistir em se meter com você outra vez eu não vou deixar barato.
Luís abraça Marta e lhe dá um beijo.

CENA 7
Adonys termina de tomar banho e sai do banheiro enrolado na toalha. Seu celular toca e ele atende. Era Roberta.

Adonys: Oi, gata.
Roberta: Oi, cachorrão. Tá afim de uma loucurinha?
Adonys: Com você eu sempre estou afim de tudo.
Roberto: Então porque não abre a porta de sua casa.
Adonys vai até a porta e abre. Roberta entra e ele fecha a porta.
Adonys: Nossa. Que surpresa.
Roberta: Você ainda não viu nada.
Roberta retira o casaco que estava vestida. Ela estava vestida em uma lingerie vermelha. Adonys fica louco ao ver a cena.
Adonys: Minha nossa.
Roberta: O que está esperando?
Adonys agarra ela e a leva nos braços até sua cama.

CENA 8
No intervalo das aulas, Alfredo estava sentado no refeitório. Cíntia se aproxima dele.

Cíntia: Bom dia.
Alfredo: Ora, ora, que surpresa. Vejam se não é a professora Cíntia que veio falar comigo.
Cíntia: Sem essa. Na verdade vim te perguntar sobre o Sérgio. Sei que vocês dois são bem amigos e faz dois dias que ele não vem. Por acaso você sabe de algo?
Alfredo: Na verdade até sei. Digamos que ele está em uma fase terrível no momento.
Cíntia: E o que aconteceu?
Alfredo: A mulher dele foi embora e levou a filha junto.
Cíntia fica chocada ao ouvir.
Cíntia: Meu Deus! E para onde ela foi?
Alfredo: Uma boa pergunta. Nem o Sérgio sabe, na verdade. A única coisa que ela deixou foi uma carta onde dizia que estava indo embora.
Cíntia: Ele deve estar bem arrasado.
Alfredo: Muito. Ele estava tentando salvar o casamento e não conseguiu. Só espero que ele seja forte para superar isso tudo.

CENA 9
Na sala do consultório do Dr. Gilliardo, Bernardo estava sentado em frente a ele folheando o resultado dos seus exames.

Bernardo: Então tenho alguma coisa.
Gilliardo: Infelizmente o exame apontou que houve uma quebra dos mecanismos de defesa naturais do pulmão, incluindo um crescimento desorganizado de células malignas.
Bernardo: Células malignas?
Gilliardo: Exatamente.
Bernardo passa a mão sobre a cabeça e fica pensativo.
Gilliardo: O senhor está com um tumor alojado no pulmão.
Bernardo: Então isso significa que estou com um câncer!
Gilliardo: Sim! Um câncer de Pulmão.
Bernardo: E tem algum tratamento? Uma cirurgia?
Gilliardo: Bom, a cirurgia é considerada o tratamento de maior chance de controle da doença, porém não é o ideal para o senhor, por causa da localização do tumor. Porém, a radioterapia associada à quimioterapia tem sido reservada para pacientes que não podem ser operados.
Bernardo: Entendo.
Gilliardo: Mas faremos o impossível para que o senhor saia dessa. O importante é iniciarmos o tratamento o quanto antes.
Bernardo: Claro.
Gilliardo: Aguarde só um instante enquanto dou inicio aos procedimentos que devemos tomar a partir de agora.
Enquanto o Dr. Gilliardo cuida dos procedimentos, Bernardo fica pensativo.

CENA 10
Guilherme, irmão de Fred, entra no quarto do irmão e vai até o local aonde Fred guarda seu diário. Ele retira e começa a folhear. Sônia o surpreende.

Sônia: O que está fazendo?
Guilherme: Oi, mãe. Eu... estou apenas vendo uma coisa do meu irmão.
Sônia: Mexendo nas coisas do seu irmão? Sabe que não deve fazer isso.
Sônia pega o diário de Guilherme.
Sônia: É melhor ir brincar no seu quarto.
Guilherme: Tudo bem.
Guilherme sai do quarto e Sônia sorri ao ver que é um diário. Ela começa a ver o que está escrito.

CENA 11
Na saída do colégio, Vanessa aborda Renato.

Vanessa: Renato! Espera. Preciso te perguntar uma coisa.
Renato: Está tudo bem?
Vanessa: Sim. Só que tem uma coisa que fiquei de te perguntar e ainda não tive tempo.
Renato: O que é?
Vanessa: Quando eu estava na sua casa eu encontrei um mural com algumas fotos minha. Eu só queria saber porque você tem um mural com minhas fotos?
Paula se aproxima devagar. Renato respira fundo.
Renato: Desculpa. Eu... Na verdade eu... Acho que não consigo falar...
Vanessa: Você gosta de mim?
Paula fica surpresa.
Renato: Sim! Eu gosto de você. Sempre fui apaixonado por você.
Vanessa fica surpresa com a declaração. Paula passa por eles e não fala nada. Vanessa e Renato percebem.
Vanessa: Paula, espera.
Renato: O que será que deu nela?
Vanessa: Desculpa, Renato. Depois continuamos essa conversa.
Vanessa sai atrás de Paula.

CENA 12
Na casa dos Villanes, Omar estava sentado no jardim. Sua mãe, Teresa, se aproxima dele.

Teresa: Está um belo dia, não é meu filho?
Omar: Lindo!
Teresa: E o seu pai? Sabe onde ele está?
Omar: Não faço a mínima ideia. Talvez esteja fazendo mais alguma bajulação para o meu irmãozinho.
Teresa: Não diga isso. Seu pai não faz distinção entre vocês dois.
Omar: Talvez. Mas até que ele me prove o contrário, é assim que eu o vejo. Com sua licença.
Omar se retira e Teresa fica pensativa.

CENA 13
No colégio, Cíntia e Eliane estavam caminhando com seus materiais nas mãos. De repente alguém começa a gritar.

Eliane: Minha nossa, mas o que é isso?
Cíntia: Estranho. Parece que está vindo da diretoria.
Alfredo vem ao encontro das duas.
Alfredo: O que está havendo?
Cíntia: Também não sabemos.
Alfredo: É na sala do diretor.
Todos correm para lá, inclusive Inaiá. Ao entrarem na sala, eles veem Sabrina, a nova zeladora, com a roupa rasgada agachada no canto da sala chorando, enquanto Rômulo olhava para eles com espanto.

Rômulo: Eu sei o que parece, mas... Não é nada disso que vocês estão pensando. Eu juro.
Todos ficam surpresos com a cena.


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