segunda-feira, 1 de junho de 2015

Episódio 1: Reaper 3 (ESTREIA)


— A Ascensão começou. Lúcifer ressurgirá das cinzas e reinará no mundo defendido pelo Deus que já não mais existe. – Lilith responde com um sorriso psicótico no rosto, sendo sugada para a porta.
Íris, Katherine, Ryan e E.D. são puxados para lá sem nenhuma dificuldade e a porta começa a se fechar. Não vejo Luna. Caminho até a porta e ponho a minha foice para segurá-la por mais algum tempo até que ela apareça.
Luna surge diante de mim com o corpo de Silas nas costas. Ela o coloca na água e logo ele é puxado para a porta. Minha foice se parte e ambos somos puxados para dentro. A porta se fecha.

[...]

— Agora! – Ouço alguém gritar.
Sons de tiros percorrem meus ouvidos e os gritos agonizantes me deixam maluco. Olho ao redor e vejo que estou numa espécie de cova, enterrado vivo. Tento usar minha telecinese para mover a areia para cima, mas estou fraco demais para isso, então terei que agonizar com as mãos.
Depois de vários minutos – ou horas, fica difícil dizer – e muitas gramas de areia em minha boca, eu consigo sair do túmulo e respiro ar puro. Vejo um show de luzes entre pessoas batalhando e alguém se joga em cima de mim.
— Kitana?
— Bom te ver de novo, cara. – Ela diz.
Ela dá três tiros contra um homem que avançava em nossa direção e ele cai morto. Kitana estende a mão para mim e nós dois ficamos de pé, observando o massacre.  Ela confere seus cartuchos na pistola.
— Só tenho três balas. Terei que utilizar minhas armas antigas. Onde está a sua foice?
Penso por alguns segundos, mas uma granada é arremessada em nossa direção e Kitana se joga comido dentro de uma cova vazia. A explosão é alta e joga muita areia em cima de nós, mas a camuflagem não é das piores.
— O que está acontecendo?! – Pergunto.
— Quando Lilith abriu o portal, bom, demorou mais tempo aqui do que no inferno.
— Como assim?
— O portal está aberto há um ano, Chase. Todos os que passaram pelo portal tiveram um intervalo de tempo diferente. E.D., Ryan e Íris foram capturados pelo governo americano, Ariel se refugiou Deus sabe onde e Lilith desapareceu. Luna passou com você, não passou?
— Sim, mas não a vi.
— Acho que dá para sair agora.
Kitana põe a cabeça acima da cova e observa. Ela sai da cova e me puxa para cima novamente. Ouço gritos à minha esquerda e vejo Luna brigando com alguns militares. Ela está tão fraca quanto eu, sei que não vai aguentar. Cutuco Kitana, mas ela não responde e fica em alerta. Olho para um dos militares e vejo-o apontando uma bazuca para Luna. Ele dispara o tiro e eu uso todas as minhas forças para impedir que ela atinja Luna, mas algo o intercepta.
Uma flecha.
Kitana e Eu observamos a explosão no ar e dirigimos nosso olhar ao local de onde veio a tal flecha. Vários outros soldados aparecem atirando e uma garota de cabelos escuros aparece no comando do ataque.
— Quem é aquela? – Kitana pergunta.
— Eu não sei.
A garota aproxima-se de Luna e faz um sinal com as mãos, ordenando que os seus soldados a levem embora. Kitana utiliza seus últimos tiros em um dos soldados e troca de armas.
— Leques? – Pergunto.
— Essas coisas são mais afiadas que sua foice! – Ela retruca – Mas não importa, precisamos ir atrás da minha mãe em Aspen. Jared está com o carro, ele vai tirá-lo daqui.
— Duas coisas: Eu não vou deixar você sozinha e nós não vamos sair sem a Luna. Você que escolhe o que quer fazer. – Respondo e dou meia volta.
Kitana revira os olhos e me se segue.
— Milena me falou que você seria um pé no saco.
— É. Ela também não era das melhores

[...]

Observamos de trás da moita. Há um furgão preto posicionado no meio do nada. Os dois soldados aparecem com Luna nos braços e a jogam lá dentro. Eles andam até uma casa abandonada mais para frente e deixam-na trancada.
— Certo, é a nossa chance.
Saio e Kitana me segue na ponta do pé. Tentamos ao máximo não fazer barulho e estamos constantemente olhando ao nosso redor em caso de estarmos sendo seguidos. Tento abrir a porta do furgão manualmente, mas está trancada, então uso a minha telecinese para abri-la sem disparar o alarme.
Luna aponta uma faca para mim quando a porta é aberta, mas logo me abraça com alívio em me ver. Ouço um grito de alerta e jogo Kitana dentro do furgão, tornando a trancar a porta. Os dois soldados apontam as armas para mim e me jogo embaixo do automóvel. Um dos leques de Kitana cai no chão, provavelmente devido ao jeito que eu a empurrei lá dentro. Pego o leque, saio debaixo do automóvel e arremesso para frente. Vejo o leque percorrer os dois soldados e partir suas cabeças, em seguida, ele volta para mim e para em minha mão.
— Isso foi inesperado. – Digo a mim mesmo.
Entro no furgão e ligo o rádio em busca de alguma notícia sobre o que Kitana me contou, ou sobre Íris e os outros, mas a princípio não encontro nada.
— Não podemos deixar Silas jogado no cemitério. – Luna afirma.
— Vocês três apareceram em covas, então eu diria que ele está seguro.
— Luna, eu sei que dói, mas Kitana tem razão. Silas morreu, e não há nada que possamos fazer por isso. No momento, tudo o que nos resta é conseguir sair daqui sem sermos mortos. Não temos armamento nenhum.
— Por isso que temos que sair de Georgetown para Aspen. Lá vamos encontrar minha mãe e refúgio, por hora. – Kitana diz, e liga o GPS do furgão. – Vamos com este veículo até Fairplay, de lá pegaremos um ônibus até Salida, aonde Jared vai levar-nos até Aspen.
— Kitana, você tem alguma ideia de onde levaram os outros?
— Area 51. – Kitana responde, e assume o controle do veículo.

Enquanto isso, em Aspen...




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