segunda-feira, 6 de junho de 2016

Capítulo 04 - Terra Livre


T E R R A  L I V R E
C A P Í T U L O  0 4

CENA 01/ MATA/ NOITE/ EXT.
Continuação imediata da última cena do capítulo anterior.
Domingos aflito em silêncio. Os capangas olhando para os lados a procurar. Domingos vira a cabeça e olha. Um dos capangas o vê. Ele vira rapidamente, fica sem respirar atrás da árvore. Olha novamente. Ao virar, vê o capanga em sua frente, que o pega pelo braço. CORTA PARA/
CENA 02/ MONTE VELHO/ EXT.
Sonoplastia: EMOÇÕES – Eduardo Lages.
TAKES do amanhecer. Pessoas saindo de suas casas. TAKE FINAL na mansão de Afonso. MÚSICA CESSA. CORTA PARA/
CENA 03/ MANSÃO DE AFONSO/ DIA/ INT./ SALA DE ESTAR.
Afonso lendo um papel sentado no sofá. BATIDAS NA PORTA.
AFONSO       - Entre!
Um dos CAPANGAS entra/
CAPANGA     - Com licença!
Ele vai em direção a Afonso, fica ao seu lado. Afonso larga o papel.
CAPANGA     - Atrapalho?!
AFONSO       - Não, não! Eu estava vendo a situação financeira da fazenda, mas isso eu posso ver outra hora. Tem notícias?
CAPANGA     - Sim, senhor. Encontramos vosso irmão.
AFONSO       - (alegre) Mas essa é uma ótima notícia! E onde está ele?
CAPANGA     - Está na casa de um amigo meu. Esse meu amigo é de confiança, pode ficar despreocupado.
AFONSO       - Está bem, mas eu quero ainda hoje o meu irmão aqui em casa. Nós dois temos muito que conversar. Agora pode se retirar, e qualquer notícia venha até aqui, por favor.
CAPANGA     - Está bem, senhor.
O capanga sai. Afonso ri. CORTA PARA/
CENA 04/ NAVIO/ DIA/ INT./ PARTE DE CIMA DA EMBARCAÇÃO.
Helena triste observando a paisagem. Lorenzo se aproxima dela.
LORENZO     - Perdoname, mas io percebi que você non está bem. O que houve?
HELENA         - Io te conheço de algum lugar?
LORENZO     - Non, non. Prazer... Mio nombre é Lorenzo... Lorenzo Leroy.
HELENA         - Io non vou ficar conversando com alguém que non conheço.
LORENZO     - Estamos dentro de um navio. Precisamos conhecer todos. Io quero te ajudar.
Helena fica pensativa. TEMPO. Lorenzo esperando resposta.
HELENA         - Io non posso mais me encontrar com o homem que amo.
LORENZO     - Por quê?
HELENA         - Mia madre diz que ele non é o homem para mi. E io non vou desobedecê-la. É melhor que seja assim.
LORENZO     - Io já vi você com esse homem. Vicente, non?
HELENA         - Si!
LORENZO     - E sinceramente, io non fui com a cara dele. Non me parece ser o homem ideal para você!
Helena se vira contra Lorenzo. Ele rindo cinicamente. CORTA PARA/
CENA 05/ PENSÃO/ DIA/ INT./ QUARTO DE SAULO.
Sonoplastia: ALTOS E BAIXOS – Roberta Sá.
Saulo entra no local, tira seus sapatos, se deita na parte de baixo do beliche. FLASHS do dia em que ele conheceu Filomena.
SAULO           - Como eu faço pra te encontrar de novo?!
FOCA em seu rosto. Saulo rindo. A MÚSICA CESSA. CORTA PARA/
CENA 06/ ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA/ DIA/ INT./ ESCRITÓRIO 1.
O advogado (aproximadamente sessenta anos) sentado em sua cadeira. Cristina entra, se senta a sua frente.
CRISTINA     - Eu trouxe uma grande quantia em dinheiro. Eu quero destruir meu marido na justiça, doutor.
ADVOGADO  - A senhora sabe, dona Cristina. A senhora sabe o que é nos dias de hoje uma mulher se separar de seu marido... A senhora será motivo de chacota entre as mulheres.
CRISTINA     - Eu não me importo. Eu quero o meu marido no fundo do poço.
ADVOGADO  - Vamos fazer o seguinte... A senhora vai em casa, pensa melhor e depois volta aqui e fechamos. Pode ser?!
CRISTINA     - Está bem.
Closes alternados. CORTA PARA/
CENA 07/ MANSÃO DE AFONSO/ DIA/ INT./ SALA DE ESTAR.
Afonso e Maria Tereza em pé na sala. Os capangas entram segurando Domingos pelo braço. Eles soltam Domingos e ficam na porta cercando.
AFONSO       - Olha quem chegou! Pensei que nunca mais iria ver essa sua cara nojenta, meu querido irmão.
DOMINGOS  - E eu não queria nunca mais ver você na minha vida.
AFONSO       - Por que não me matou? Fosse mais esperto, pensasse melhor. Mas não... Foi burro, idiota, como sempre foi e sempre vai ser.
DOMINGOS  - Eu tenho nojo de você!
AFONSO       - Então vem... Cospe na minha cara. Faz aquela ceninha que você sempre adora fazer. Faz aquele seu joguinho de humilhação, onde você diz que eu não presto, que eu não gosto de você. Ah, seja homem pelo menos uma vez na vida.
DOMINGOS  - Eu não sou como você. Eu sou humano e você é um monstro. Eu não sou capaz de tirar a vida de uma pessoa, já você já tirou muitas vezes a vida de gente inocente/
AFONSO       - (GRITA/ CORTA) CALA A BOCA! Seu imundo! Prepotente!
DOMINGOS  - (a Maria Tereza) E você? Vai ficar quieta? Não vai defender o seu amor não?
Maria Tereza permanece em silêncio. Afonso se aproxima de Domingos.
AFONSO       - Você cavou a sua própria cova. E pode ter certeza, eu só vou descansar quando acabar com você, quando te ver morto.
DOMINGOS  - Veremos quem morre primeiro, Barão.
Os dois se encaram. Closes alternados. CORTA PARA/
CENA 08/ NAVIO/ DIA/ INT./ QUARTO.
Vicente triste sentado no chão. Chiara entra no quarto.
CHIARA         - Vicente, io/
Chiara olha para baixo e vê Vicente sentado no chão.
CHIARA         - (cont.) Levanta daí, caspita. O que houve?
VICENTE       - Helena!
CHIARA         - Non, io non acredito/
VICENTE       - (corta) Si... Ela acabou tudo comigo, madre.
CHIARA         - É tudo culpa daquela madre maledeta dela. Mas ela também... Non sabe tomar decisões por contra própria!
VICENTE       - Io entendo ela, madre. Io também obedeceria a senhora.
Chiara abraça Vicente, que se emociona.
CHIARA         - Io non criei mio filho para sofrer. Per favore, filho mio... Se levante, viva tua vida. Non sofra por quem non merece que você sofra.
Os dois se emocionam. CORTA PARA/
CENA 09/ NAVIO/ DIA/ INT./ PORÃO.
Rogério em silêncio, encolhido no chão. Vicente desce as escadas do porão. Vai em direção a Rogério, se senta a sua frente.
VICENTE       - Como está?
ROGÉRIO     - Non preciso responder essa pergunta, né?
VICENTE       - Va bene... Mas, então vamos. Suba comigo.
ROGÉRIO     - Io non posso. Já disse!
VICENTE       - Você non pode é ficar aqui embaixo, sentindo frio, sentindo dor. Suas condições são desumanas.
ROGÉRIO     - As pessoas são desumanas.
Vicente fica impactado. Os dois se olham. TEMPO.
VICENTE       - Io sei. Você está chateado. Qualquer um ficaria, mas... Faz uma força. Vamos... Suba comigo!
ROGÉRIO     - (irritado) Io non quero ter que brigar com você, va bene?
VICENTE       - Va bene.
ROGÉRIO     - E faltam poucos dias para o fim da viagem. Estamos quase chegando em Brasil.
Vicente abaixa a cabeça. Rogério estranha o comportamento dele.
ROGÉRIO     - E você? Estou sentindo você triste.
VICENTE       - Helena/
ROGÉRIO     - (CORTA) O que tem a Helena?!
VICENTE       - Nós non estamos juntos mais.
ROGÉRIO     - Como assim?!
VICENTE       - A madre dela non quer nós dois juntos. Disse que é para o bem de Helena.
ROGÉRIO     - Va bene, mas o que Helena fez?
VICENTE       - Disse que nós non poderíamos ficar juntos, e non me procurou mais.
FOCA em Rogério sem entender. CORTA PARA/
CENA 10/ MANSÃO DE AFONSO/ DIA/ INT./ SALA DE ESTAR.
Afonso olhando para Domingos. Maria Tereza ao lado, com frieza.
M. TEREZA    - Eu não terei pena em matá-lo se necessário, Domingos.
DOMINGOS  - (grita) Isso! Fale mais... Solte mais desse seu veneno! (a Afonso) Cuidado, irmãozinho. Essa naja é capaz de tudo por dinheiro e o próximo a cair será você!
M. TEREZA    - (grita) VERME! UM VERME! É isso que você é!
DOMINGOS  - Às vezes eu fico sozinho tentando entender, fico me perguntando. Será por que a Maria Tereza me odeia tanto. É muito estranho, não é mesmo?
M. TEREZA    - Por que eu quero justiça... Eu quero que você pague por tudo o que fez!
DOMINGOS  - E o que eu fiz?! Os únicos culpados de tudo aqui são vocês!
AFONSO       - (ri irônico) Poupe-nos das suas gracinhas, irmão. (aos capangas) Podem levar... O prendam no Porão!
Os capangas pegam Domingos pelo braço e o levam. Ele encara Maria Tereza, que não reage. CORTA PARA/
CENA 11/ OCEANO/ EXT.
Sonoplastia: ESPERANZA – Laura Pausini.
Movimentação no navio. Do NAVIO se vê a terra de longe. A felicidade de Vicente ao ver a terra. TAKES do navio seguindo.
LEGENDA: Dias Depois...
A MÚSICA CESSA. CORTA PARA/
CENA 12/ NAVIO/ DIA/ INT./ PARTE DE CIMA DA EMBARCAÇÃO.
Lorenzo e Helena sentados no chão, felizes, brincando.
LORENZO     - Sabe... É muito bom estar com você. Io me sinto outro!
HELENA         - Io também. Você me faz esquecer os mios problemas.
LORENZO     - Io te amo! Io sei que é difícil pra você ouvir isso, mas é isso... Io te amo, Helena!
Helena se espanta, sem reação. TEMPO. Lorenzo olha para ela, passa a mão pelo seu rosto.
LORENZO     - (cont.) O que foi?! Non vai responder nada?
HELENA         - Perdoname... É que io estou espantada. Non esperava isso!
LORENZO     - Io pensei que você já tivesse percebido isso.
HELENA         - Non. Perdoname, mas io ainda estou assustada.
LORENZO     - Pense bem... Você precisa esquecer aquele ragazzo, Helena. Esse é o momento!
HELENA         - Vabene! Io aceito...
Lorenzo finge felicidade. Os dois vão se aproximando e se beijam. Vicente vê de longe, se assusta e se entristece.
Corte descontínuo – Todos reunidos em volta de uma mesa. O comandante chega. As pessoas dirigem seus olhares a ele.
COMANDANTE – Venho dizer a todos que io estou muito feliz em comandar essa embarcação. E que estamos chegando em Brasil, essa nova terra, essa nostra nova terra. Falta pouco para a felicidade!
Todos aplaudem. CORTA PARA/
CENA 13/ NAVIO/ DIA/ INT./ PORÃO.
Lorenzo abre a porta do porão, desce lentamente. Se assusta com um movimento lá.
LORENZO     - Quem está aí?
Lorenzo desce e vê Rogério em pé com uma faca apontada para ele, se afasta assustado.
LORENZO     - Quem é você? Io vou chamar o Comandante/
ROGÉRIO     - (corta) Você non vai a lugar nenhum.
LORENZO     - Io vou ir si!
ROGÉRIO     - Per favore, non faça isso.
LORENZO     - Você non irá me impedir... Nego nojento! (tira uma faca do bolso) Io também tenho uma faca.
ROGÉRIO     - (com medo) Per favore... Io faço o que quiseres, mas non me entregue!
LORENZO     - Faria mesmo?
ROGÉRIO     - Si!
LORENZO     - Pois então você terá que ser meu escravo assim que chegarmos em Brasil!
Rogério assustado. TEMPO. Ambos se encarando.
ROGÉRIO     - Vabene! Io aceito as suas condições!
Lorenzo joga a faca no chão, estende as mãos. Rogério faz o mesmo. Os dois se cumprimentam. CORTA PARA/
CENA 14/ MANSÃO DE AFONSO/ DIA/ INT./ PORÃO.
Domingos sentado em um banco. Afonso entra. Se senta ao lado dele.
DOMINGOS  - O que quer aqui? Já conseguiu tudo o que queria... Me prendeu, me humilhou. O que mais quer comigo? Me matar?
AFONSO       - Não... Sabe, Domingos... Eu aprendi uma vez na vida que o maior castigo que alguém pode receber é sofrer em vida. Não vou jogar tudo fora te matando.
DOMINGOS  - Você é cruel... É sanguinário!
AFONSO       - Eu tenho ódio de você! Você só trouxe tristeza em minha vida!
DOMINGOS  - E o que eu fiz pra você ter tanto ódio de mim?!
AFONSO       - Nasceu, Domingos. Eu tive que fazer muitas coisas para que o meu poder e a minha sobrevivência fossem validados por sua culpa.
DOMINGOS  - Ah, então o seu problema é dinheiro? Isso não me importa, Afonso. Que se dane o dinheiro, eu quero é ser feliz, ser livre.
Maria Tereza abre a porta/
M. TEREZA    - Afonso, estão te esperando lá em cima.
AFONSO       - (a Domingos) Essa nossa conversa ainda não acabou.
Afonso e Maria Tereza se retiram do local. Domingos pensando. CORTA PARA/
CENA 15/ MANSÃO DE AFONSO/ DIA/ INT./ SALA DE ESTAR.
Cristina sentada no sofá. Afonso chega. Os dois se abraçam. Maria Tereza vai em direção à cozinha.
CRISTINA     - Senti a necessidade de vir até aqui pra gente conversar.
AFONSO       - Claro, claro. Acho importante.
Maria Tereza chega com duas xícaras de café, entrega uma para Afonso e outra para Cristina e se retira.
CRISTINA     - Na verdade é que eu estou muito preocupada, Barão. Alguns capangas de minha fazenda já me alertaram sobre a chegada dos italianos. Você sabe... Fizemos um marketing muito grande, mas será que eles vão cair nas nossas garras como caíram os africanos?
AFONSO       - Sinceramente?! Não sei... Mas o que eu sei é que eu não vou me sujeitar a entregar nas mãos deles todas as minhas terras.
CRISTINA     - Eu tenho muito medo do que pode acontecer.
AFONSO       - Não há do que temer. Nós somos muito mais poderosos do que toda essa corja medíocre que está chegando. Mantenha o plano A, se algo der errado tentaremos o plano B.
CRISTINA     - E qual seria esse plano B?!
AFONSO       - Obrigá-los a serem nossos escravos!
Cristina assustada. Closes alternados. CORTA PARA/
CENA 16/ NAVIO/ DIA/ INT./ PARTE DE CIMA DA EMBARCAÇÃO.
Valter olhando Lorenzo e Helena abraçados de longe. Ele se aproxima de Germana.
VALTER         - Non gosto muito desse ragazzo, Germana.
GERMANA     - Para de cisma, marito. Pelo que sei esse tal de Lorenzo é primo do Barão de Monte Velho, o Barão Afonso de Leroy.
VALTER         - Sei non. Ele é muito estranho!
Lorenzo sai. Valter vai em direção a Helena, que o abraça.
HELENA         - Oi, padre. O que foi? Parece preocupado.
VALTER         - Io non queria ter que falar com você sobre esse assunto, filha mia, mas... Mas io non fui com a cara desse ragazzo.
HELENA         - Non?! Por quê?
VALTER         - Non sei te dizer.
HELENA         - Olha, padre... O senhor non precisa ficar preocupado, capite?! Lorenzo é um homem bom, gosta de mim, só me ajudou.
VALTER         - Capisco! Va bene! Qualquer coisa fale comigo.
HELENA         - Grazie, padre.
Helena pensativa. Valter sai. CORTA PARA/
CENA 17/ NAVIO/ DIA/ INT./ PORÃO.
Vicente desce as escadas com um prato de comida. Entrega para Rogério, que está entristecido.
ROGÉRIO     - Grazie!
VICENTE       - Ei, o que houve? Está triste!
ROGÉRIO     - Non é nada.
VICENTE       - Io te conheço. O que está acontecendo?
ROGÉRIO     - Fui descoberto por mais uma pessoa!
VICENTE       - Non é possível. E quem é essa pessoa?
ROGÉRIO     - Um ragazzo... Io subi até a escadas e vi ele conversando com Helena. Acha que pode ter sido ela que tenha me entregado?
Vicente paralisado.
VICENTE       - Conte mais...
ROGÉRIO     - Io fiz um trato com ele.
VICENTE       - Que trato?
ROGÉRIO     - Ele non vai me entregar, mas io serei seu escravo quando chegarmos em Brasil.
FOCA em Vicente perplexo. TEMPO.
VICENTE       - (sussurrando) Desgraziato!
Vicente sobe as escadas correndo. Rogério sem entender. CORTA PARA/
CENA 18/ NAVIO/ DIA/ INT./ PARTE DE CIMA DA EMBARCAÇÃO.
Vicente, nervoso, vai em direção a Lorenzo e dá um soco em seu rosto. Helena do lado.
LORENZO     - (grita) Você está maluco!
HELENA         - Vicente!
VICENTE       - Esse homem é um canalha, Helena. Ele descobriu o Rogério e o ameaçou.
LORENZO     - Que Rogério?
HELENA         - Me deixe em paz, Vicente. Deixe io e Lorenzo em paz, per favore.
Vicente sai enfurecido. Lorenzo observando ele. CORTA PARA/
CENA 19/ OCEANO/ EXT.
MÚSICA DE MISTÉRIO. O navio seguindo. Escurece. TAKE FINAL dentro do navio, as pessoas recolhendo suas coisas e entrando. CORTA PARA/
CENA 20/ NAVIO/ NOITE/ INT./ QUARTO.
Vicente dormindo profundamente. Lorenzo abre lentamente a porta do quarto. Vai se aproximando da cama dele. Sorrateiramente ele tira um revólver do bolso, aponta para Vicente, que levanta rapidamente da cama.
VICENTE       - (sussurrando) Non faça isso, per favore.
LORENZO     - Diga suas últimas palavras.
A CAM vai se afastando, até que se vê de PLANO AÉREO o navio. DISPARO DE UM TIRO. Gritos.
EFEITO FINAL: CONGELA NO NAVIO
FIM DO CAPÍTULO











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